sábado, 16 de outubro de 2010

Curiosidades sobre Dublin – Irlanda








Algumas coisas que a priori são engraçadas mas que “tu vai pegando o jeito merrrmão”!

- Aqui a mão é inglesa, ou seja, os volantes dos carros ficam do lado direito (e a pista também é invertida).
- É costume agradecer o motorista quando se desce do ônibus…. “THANK YOU”
- Aqui não existe metrô (subterrâneo), temos o Luas, uma espécie de bonde.
- Na maioria das pias existem duas torneiras, uma fria que dói e outra, geralmente, quente que dói!
- Nos banheiros, os interruptores ficam do lado de fora do cômodo. Se alguém quiser bancar o engraçadinho e deixá-lo tomando banho no escuro… Wahlá!

- As tomadas de parede são diferentes e um adaptador custa em média de 2 (lojinha Indiana) a 4 euros (grandes mercados).
- Ao fazer compras no supermercado você deve levar sua própria sacola pois as sacolinhas são vendidas no mesmo.
- Existe sempre um caixa, ou dois, no supermercado onde você passa suas compras no leitor automático e você mesmo paga (sem funcionário nenhum).
- Ah, Não há cobradores nos ônibus. No Luas (o bondinho) você também compra seu ticket num aparelho na estação e no pedágio na estrada também não há uma alma viva trabalhando nas cabines (isso me deu medo, parecia cena de filme onde os mocinhos precisam evacuar a cidade devido uma peste ou pela substituição da mão de obra humana pelas máquinas)… tudo automático, tudo eletrônico! Ah mas fiscalização tudo por câmera… e o tal do Luas como fica? Imaginem o metrô de SP sem catraca e com, de vez em quando, um fiscal pedindo tickets dos passageiros já dentro do bonde?
- Feijão só em lata. Há feijão doce para comer como sobremesa (Eca), e produtos brasileiros você encontra na lojinha brasileira (mas é importado benhê… um pacotinho de trakinas “caru” que só).

- Estudante aqui de verdade paga meia ou tem desconto no: Ônibus, Cinema e até no McDonalds.
- Os bairros de Dublin são divididos em números, sendo pares os do lado norte e ímpares do sul, cortados por um rio (Rio Liffey). Quanto menor o número (1 e 2 por exemplo), mais próximos do centro de Dublin.
- Os pubs e baladas fecham às 2 horas, mas também aqui a balada começa mais cedo. Fontes dizem de que rolam alguns after-party’s (nunca fui, ainda).
- No ônibus sempre tem gente falando alto no celular, ou escutando MP3 nas alturas ou alguém falando português, também somos a 3ª população maior do país, atrás apenas dos Irlandeses e os Maurícios.
- No ônibus não se aceitam cédulas, somente moedas e o troco é um recibo onde você deve procurar uma central para trocar seu troco/recibo por dinheiro de verdade.

- Em todos os faróis do centro você encontra um botão no poste que é para dar preferência para pedestres, quando o farol abre dispara um barulho de alerta para facilitar a vida dos deficientes visuais.
- Apesar de o sistema bancário irlandês perder de 10 a 0 para o brasileiro, pode esquecer, aqui não tem aquelas portas giratórias, aqueles guardas sentados atrás da escotilha… sinta-se como quem tá na Renner pagando “as prestação” ou num caixa do McDonalds.
- A alimentação deles é baseada em batata! Purê de batata, sanduíche de batata, bolacha de batata… todo dia!
- Nutella e red Bull são muito baratos. Em compensação carne é caro pra burro!
- Os parques realmente são programas para o final de semana, apesar de nunca ficarem vazios nos dias da semana, não importa o horário do dia.

- Eles têm o hábito de jogar o papel higiênico no vaso e não no cesto.
- Não há conta de água, em contrapartida há taxa de lixo. Luz se paga de dois em dois meses. E ah… se você botar o saco de lixo na rua sem o selo que se compra, o lixeiro não pega e deixa um aviso, pré-multa.
- A polícia não anda com arma de fogo a mostra (amigo… ZEU-RO-PA bichô… não é aquele faroeste da praça da Sé não).
- Existem 3 grandes operadoras de celulares, Vodafone (Eh Brasil, zil, zil, zil, zil), O2 e Meteor. Vodafone quando você carrega você fala de graça pra outro Vodafone (Brasil, zil, zil, zil, zil). Pra quem curte, a Vodafone patrocinava o Manchester United até esses dias e a O2 patrocinava aquele timaço do Arsenal com Henry, Bergkamp, Pires, Vieira e etc…
- O gaélico (ou Irish) é uma língua morta aqui em Dublin mas no interior muitas pessoas ainda falam essa língua.

- Beber na rua não pode. Fazer xixi também não (mas isso, segundo a lei, é igual no Brasil – pelo menos eu aprendi isso numa batida policial lá no Brooklin… o “policia” disse que era atentado ao pudor).
- Desempregados recebem um salário gordíssimo do governo, não pagam transporte e até faculdade pode sair de “grátis”. Se tiverem filhos recebem mais dinheiro ainda (aí é um ponto triste ver, meninas aparentemente com 15, 16 anos com 2, 3 filhos andando na rua) e já que o incentivo é dindin… você vai ver carrinhos de bebês com espaço para 3 pivetes!
- Olho azul aqui é igual água, não paga nada e todo (tem uma minoria bem mínima que não) tem.
- As casas aqui seguem um padrão estético de acordo com o bairro/rua. Quase sempre no mesmo formato com muro baixinho, garagem ou jardim antes da casa.
- Moedas de 1 e 2 cents são realmente utilizadas, ou seja, se a esfiha no Habib’s custar 0,49 cents (não existe Habib’s aqui, só pra deixar claro), eles te dão 0,01 cents de troco de verdade…

- Os caixas 24 horas ficam na rua mesmo, abertos 24 horas e não há perigo.
- As pessoas usam “SORRY” para pedir licença ao invés de “EXCUSE ME”.
- Fácil, fácil ouvir um “FOR FUCK SAKE”… como um “PELO AMOR DE DEUS” (estranho, né?)
- Ao invés de “THANK YOU VERY MUCH” você pode ouvir “THANKS A MILLION”.
- Ao invés de “THANK YOU MAN” você pode ouvir “CHEERS MAN”.
- Ao invés de “I’M FINE, I’M FINE” você pode ouvir “GRAND, I’M GRAND”.
- Ao invés dos manos falarem “Hey man, what’s up?” você pode ouvir um “Hey man, what’s the craic? / what’s the story?”.

E tem mais, muito mais... mas aí deixo com os especialistas!

That's all folks!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

E se você... / And if you...






E se você descobrir que você tá começando a entender as coisas somente agora? E se entender que tudo o que você viveu não passava de um “trial”, um teste, e agora sim você tem experiência para as coisas?

E se você perceber que você talvez não soubesse nada sobre a vida? Que você perdeu um bocado de grandes oportunidades pra ser feliz*, pra ser bem-sucedido e mais importante… você perdeu a oportunidade de fazer outras pessoas importantes para você saberem o que você acha sobre eles, e/ou quão importante eles são pra você? Mas e se for muito tarde para isso?

E se você perceber que o tempo todo as pessoas tentaram te ensinar como se expressar (particularmente tenho bastante dificuldade neste quesito) e/ou como dizer “eu te amo” para as outras pessoas, mas você apenas perceber isso, após seus 25 anos, depois de ter conhecido uma menininha de apenas 16 anos (a propósito chamada Lis) que não tem medo nenhum em dizê-lo (“eu te amo”) e quem me ensinou a não ter medo de dizer que eu amo as pessoas quando eu realmente sinto isso.

E se você descobrir que tem sido um babaca algumas vezes? Um fraco, um medroso, um covarde?

E se você perceber que seus amigos mais próximos estiveram longe por um tempo? E se você perceber que eles eram os que ainda mais te entendem? Mas e se você ao mesmo tempo perceber que a vida, algumas vezes, vai em caminhos diferentes e (novamente, algumas vezes) não há nada que possamos fazer para mudar isso?
E se você finalmente entender que isso tudo é só o começo? E se você perceber que tem mais pra vir? E se você aprender que a vida vai dar na sua cara, mais, mais e cada vez mais?


Bom… E se um dia você se pegar pensando em como a vida voou tão de pressa que provavelmente você não teve a chance de fazer todas as suas tarefas, suas metas e seus sonhos? Talvez você verá que você perdeu grandes amigos, grandes amores e até mesmos bons cargos/empregos, mas agora, mais do que antes, talvez eu estou acreditando que o que realmente importa é como você fez as suas coisas, o que de bom você plantou nas pessoas, o quão limpa está a tua consciência, não para ser lembrado ou algo do tipo mas apenas para causar naqueles que você gosta/ama uma coisa boa, uma boa sensação.

E se ao final de tudo, você descobrir que está mudado? Ou melhor, e se você perceber que você vem mudando a cada dia que passa?

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos” - Fernando Pessoa

*Fotos:
1 - The Giant's Causeway / Belfast
2 - Carrick-rope-a-bridge / Belfast (Eu e o Macarrão)
3 - Set de filmagem da Ardmore Studios (Decklan - my Irish friend from Bray, Rafa e eu).

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And if you discover that you’re starting to understand somethings now? And if you understand that all you lived by was only a trial, a test, and now yes you got experience for something?

And if you realise that you maybe knew nothing about life? That you lost a plenty of big opportunities to be happy, to be sucessful and more important… you’ve lost the opportunity to make other people important to you know what you think about them, and/or how importat they’re to you? But and if is too late for that?

And if you realise that all the time people tried to teach you how to express yourself and/or how to say “I love you” to other people but you just realise this, after 25 years old, after met a just 16 year old girl, called Lis by the way, who doesn’t have afraid to say that and who teach me that I musn’t be afraid to say that I love people when I really feel that.

And if you discover that you have been a asshole sometimes? Weak, fearful, a coward?

And if you realise that your closer friends were been away for a while? And if you realise that they were the friends who most still understand you? But if you at the same time realise that life sometimes goes in different ways and (again, sometimes) there is nothing we can do to change this?
And if you finally understand that this all is just the beginning? And if you realise there is more to come? And if you learn that life will hit you in the face more, more and each time more?

So… And if you one day catch yourself thinking in how your life flew so fast that probably you didn’t have the chance to make all your tasks, your goals and your dreams? Maybe you gonna see that you have lost great friends, great loves and even good jobs. But now, and more than before, maybe I’m believing that what really matters is how you made your things, what good you have planted in people, how clean is your conscience, not to be remembered or something like that but just to cause in the ones that you like/love a good thing, a good feeling.

And if in the end of all, you discover that you’ve changed? Ou better, if you realise that you’ve been changing every single day.

“There is a time where is necessary leave throw away the old clothes, that already have the form of our body, and forget our ways, who always lead us to the same places. Is the crossing time: and, if we don’t dare to make it, we will always have, the marge of ourselves” – Fernando Pessoa.

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PS.: Sorry for my mistakes, that one is my first post in English.
*Photos:
1 - Me in the Giant's Causeway (Belfast)
2 - Me and Renan in the Carrick-rope-a-bridge (Belfast)
3 - Decklan (my Irish friend from Bray), Rafa (Gaúcho) and me.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Afinidade!





É engraçado o modo/jeito como conhecemos as pessoas em nossas vidas. O mais engraçado ainda é o jeito como nos apegamos ou nos encantamos pelas mesmas.
E se pararmos para pensar, tudo isso tem muito haver com o que estamos sentindo no momento, nosso estado de espírito. Tenho quase certeza de que programas como a fazenda, BBB, casa dos artistas e afins saíram de experiências como as da Cannon House!
Lá na Cannon house, minha primeira residência aqui na Irlanda, onde chamei de minha casa neste início de vida européia, foi assim. Por exemplo, as pessoas que chegam para um intercâmbio na Europa tem quase sempre mais ou menos os mesmos objetivos, aprimorar o inglês, viajar e conhecer cada vez mais lugares, conhecer “o mundo” (ou tirar do armário o monstrinho que habita em você), e até mesmo fazer dinheiro. Mas sempre há algo em comum, principalmente pelas bandas de cá, um exemplo claro disso é a posição onde todo o conforto (pai e mãe) estão à um oceano de distância, e que sua nova família (irmão, irmã, primo, prima, cunhado e cunhada) são simplesmente pessoas que se encontraram na fila do aeroporto, na agência de intercâmbio, na escola de inglês ou em um pub qualquer e que simplesmente falam sua língua nativa, ou que apenas se simpatizaram com o teu sorriso e a tua “vibe” (só para deixar claro que não gosto deste teremo).
A palavra certa deveria ser AFINIDADE, mas afinidade por aqui, devido ao toque que a distância oceânica trás, você encontrará em pessoas que:

- Querem (apenas) viver algo diferente de tudo que já viveram.

- Querem (pela primeira vez) sentir o que é andar com os próprios pés.

- Querem (apenas) economizar um “tutu”.

- Querem (somente) curtir a noite/balada.

- Querem (sempre) acreditar que as coisas estão por melhorar.

- Querem fazer (mais e mais) amigos.

- Querem (apenas) trocar experiências.

- Querem (pelo menos) encontrar um novo lugar para chamar de minha casa.

- Querem se divertir (a qualquer preço) na alegria e na tristeza, saúde e na doença.

- Querem (apenas) assistir um filme romântico, de mulherzinha.

- Querem apenas aprender inglês “as fast as they can”

- Querem fazer da viagem o mais agradável possível e que ao final o saldo de
experiências e amigos, seja inesquecível.

- Querem viver com dignidade e respeito, de modo intensamente, desenvolvendo mais e mais a própria independência.

- Querem apenas fazer isso tudo acima sem perder o foco de impulsionar a carreira profissional no Brasil.

E acho que eu possa estar viajando, mas tudo isso tem a ver com os valores que você compartilha idéias e coisas que você “compra” e defende. Não sei se é mesmo a distância, ou se por aqui nos damos chance de conhecer mais as pessoas (principalmente quando cai a internet!), mas posso afirmar que com certeza assim crescemos muito, com os defeitos e qualidades em comuns! Em um simples modo de lavar a louça, aspirar a casa e lavar um banheirinho!
O pior é que quando estamos acomodados, com os nossos “costumes” e hábitos já instalados, parece que fechamos o cerco e não damos espaço para que pessoas novas cheguem, nos conheçam e para que realmente vejamos se existe alguma AFINIDADE ou não!

PS.: Bye bye Cannon House, sentirei tua falta... Já sinto saudades de uma Suéca!

sábado, 3 de julho de 2010

Tá faltando o que? O que é que falta?



Tá faltando o que? O que é que falta?
Será que morreremos nesse círculo vicioso? Parece que sempre estamos em busca de algo, ininterruptamente buscando algo que nos falta ou que nos deixaria em situação melhor do que a atual, e quando realmente conseguimos fazemos questão de arrumar outra “obsessão” para corrermos atrás. Dizem que isso é o tal do processo de evolução, sei lá, dizem que é bom para que você nunca se acomode, saia da sua zona de conforto. Mas peraê, zona de conforto e felicidade não são coisas semelhantes nesse caso? Não seria atrás delas que agente corre tanto atrás nessa vida? Acho que quando temos objetivos como comprar um carro, uma casa ou até mesmo casar-se, não é atrás de situações de conforto que estamos exatamente “investindo”?
Isso me fez lembrar duas músicas (digamos bordões) que me deixam muito putos, que são:

- “Eu só quero é ser feliz, morar tranquilamente na favela onde eu nasci, é!”

- “Deixa a vida me levar… …sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu”

É lógico que ambos são hits “nacionais” (globais), um é antigo e fez sucesso pelo saudosismo que trás aos que acompanharam o começo do funk carioca naquela fitinha K7 amarela chamada Rap Brasil, nos anos 90. O outro foi utilizado hollywoodicamente no ápice da seleção canarinho na conquista da copa de 2002, que injetou doses cavalares de Zeca Pagodinho pra amante de Kiss, Iron Maiden e Sistem of a Down nenhum botar defeito.

Mas voltando ao início do tópico (tá faltando o que? O que é que falta?), comecei a me perguntar quando alcançaremos a tal da “terra prometida”? Quando tocaremos no santo grau? Quando é que acharemos o tal do pote de ouro no final do arco-íris? Ou simplesmente, quando voltaremos pra casa numa sexta-feira após uma semana infernal e sentaremos no sofá pra tomar uma gelada com aquela sensação de dever cumprido? Será que esse dia chega para alguém? Será que esse dia vai chegar?

Embora eu saiba que falta muita coisa para se viver nesse meu planejamento de vida (aspiração vai…), confesso que esses questionamentos vieram, pois justamente hoje:

- Apesar de estar morando (longe da minha mãe e da minha família) na Europa…

- Apesar de estar melhorando (devagar-devagarinho) meu inglês na Europa...

- Apesar de ter começado a trabalhar (como garçom) na Europa…

- Apesar de ter alugado (com minhas amigas) uma casa na Europa...

- Apesar de ter comprado meu primeiro veículo (uma bicicleta) na Europa…

- E apesar disso tudo acima meio que certificar que não estou indo tão mal na busca de meus objetivos e da minha independência…

…Ainda me sinto como se faltasse algo, como se cada conquista dessa não fosse realmente uma conquista e sim apenas uma etapa delas, entende? (caberia um manja aqui) Como se fossem pedacinhos pequenos de conquistas e não ela propriamente dita.
Mas ainda não consegui formar uma opinião sobre isso, acho que falta algo, algo para que eu consiga fechar a idéia, mas não sei o que é, não sei o que falta…

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Chegamos aos 27, do primeiro tempo!


Este texto é uma adaptação das excelentes palavras feitas pela Karen, uma pessoa engraçada e divertida que apesar do pouco contato, acredito eu, inspira muita gente com os mesmos sonhos que eu. E diz exatamente o que estou sentindo hoje.

Parabéns! Parabéns!
“Hoje é meu aniversário... (Ebaaaaaaaaaaa!!!)
E apesar de ficar apavorado com o fato de ficar velho, eu amoooo todo dia 14 de Maio.

É engraçado pensar nessa coisa de "idade"...
Acho que devíamos calcular nossa idade de acordo com o que sentimos... como nos sentimos...

Já dizia o bom amigo Chaves...

"Existem jovens de oitenta e tantos anos...
...E também velhos de apenas vinte e seis...
...Porque velhice não significa nada...
...E a juventude volta sempre outra vez..."

"E você é tão jovem quanto sente...
...Pode apostar: é jovem pra valer...
... E velho é quem perde a pureza...
...E também é quem deixa de aprender!"

(http://www.youtube.com/watch?v=E6fk3xnTLak)

E é verdade...

Apesar dos problemas que eu tenho (como todo ser humano tenho dívidas, falta de grana, trabalho muuuito, ou a falta dele, etc.) eu procuro viver minha vida sempre sorrindo, sempre curtindo cada segundo de tudo o que faço!

E no meu ponto de vista, isso determina a idade que vc tem...
(Graças a Deus) ouço muita gente dizendo: "Nossa, achei que vc tivesse uns 22..."

AHHHHHHHHHHHHHH... claro que eu fico me sentindo... (rs)

Meus irmãos são todos mais sérios do que eu...
Apesar de todos herdarmos o "sarcasmo" de nosso pai...

Ou seja, as pessoas te dão "X anos" com base naquilo que vc demonstra!

E embora o fato de saber que não corro igual corria quando tinha meus 17 anos, e que minhas células estão envelhecendo a cada dia, perdendo uma quantidade significativa de colágeno e elastina todo dia (rs), eu devo confessar que me sinto melhor a cada ano, um pouco mais inteligente, sábio, vivido!

Me sinto menos idiota do que quando tinha 18 anos... me sinto inclusive menos fútil do que dois anos atrás... me sinto muito mais corajoso para realizar algumas coisas... me sinto mais seguro, mais confiante... (apesar de ser “bundão” pra muitas ainda) enfim...

A cada ano que se passa, eu me conheço melhor... e isso faz com que a gente seja mais feliz, porque descobrimos quem somos, o que queremos, e muito importante pra mim particularmente, o que não queremos...

Manja aquela desculpinha esfarrapada de que: "não estou ficando velha, estou mais experiente..." (rs) ?!?! Gente, é a pura verdade!
Hoje eu não me sinto uma velha, mas me sinto mais experiente!

Chego a me sentir tão seguro, que faço piadinhas comigo mesmo, tirando um barato da minha própria cara (rs), falando coisas do tipo: "Já sou tiozinho", "Não é que nas baladas só aparecem cada vez mais e mais “minaszinhas”, ou eu é que fiquei velho... rs"!

Mas o mais legal é a gente se avaliar na linha do tempo...
É engraçado pensar em quem eu era há alguns anos atrás, e em quem eu sou hoje!

Acredito que a essência da gente não muda, mas nossa concepção do mundo sim!
E isso é muito legal!

E para verificar se vc mudou, pegue um fato, alguma coisa que aconteceu com você em uma determinada época. E pergunte-se, o que vc faria se isso acontecesse hoje em dia?!

Claro que a experiência de ter agido de determinada forma vai te fazer enxergar as coisas por um outro prisma...

...mas ora...
...não é justamente isso que permite que tomemos as melhores decisões de ali em diante?!

E essa é a parte boa de ficar velho, ou como diz a desculpa esfarrapada: “mais experiente”! (rs)


Mesmo sem pensar muito no assunto, pude perceber que mudei algumas coisas em mim:

 Não digo que concordo com uma coisa sem na verdade concordar;
 Não fico perto de pessoas que não me fazem bem (não me agregam nada);
 Fiquei mais corajoso (passei a perceber que a vida passa rápido demais, e viver o que puder sem ter medo de arriscar é fundamental);
 Não compro mais brigas que sei que não vão dar em nada;
 Passei a amar mais e a dar mais valor as pessoas que realmente me amam e que estão sempre ao meu lado;
 Fiquei mais crítico (não aceito qualquer coisa que me falam);
 Busco saber mais sobre as coisas antes de formar minha opinião;
 Tomo cuidado com as coisas que falo para as pessoas (palavras as vezes machucam mais do que ações);
 Tô aprendendo a falar “não”;
 Descobri que minha casa é o melhor lugar do mundo;


Dentre um zilhão de outras coisas... eu poderia ficar horas citando tudo que eu aprendi...
Mas o mais legal... é pensar em tudo que ainda eu vou aprender...

Então, comemore cada aniversário...
Não tenha vergonha de falar a sua idade! Surpreenda as pessoas aparentando ter “menos anos” do que vc realmente tem!

Curta a vida porque a vida é curta!

Beijooooooooooooooooos!!

domingo, 9 de maio de 2010

Feliz Dia das Mães Dona Deja!


É… Dia das Mães.
Acho que é o meu primeiro dia das mães longe da minha amada mãe.
Infelizmente não posso dar um abraço mas acho que graças a esse fato estou dando importância máxima à esse gesto, à essa comemoração. Mãe, apesar da distância acho que não preciso dizer que estou aí no seu coração (bom, na verdade preciso dizer sim, sempre!).
Espero um dia poder retribuir todo o amor e entrega que você e meu pai já depositaram em mim, pelo menos acho que estou no caminho, tentando honrar isso.

By Leila

“Que mãe é essa?

Tem bicho mais estranho do que mãe?
Mãe é alma contraditória.
É alegria no choro.
É carinho na raiva.
É o sim no não.

Só mãe mesmo pra ser o oposto...
E depois o contrário de novo.

Vai ver que é porque filho não vem com manual de instrução, e pra conduzir as crias no mundo, ela usa só de intuição, pra tentar fazer tudo direito.

Mas como pode ser assim, tão incoerente?

Ela diz:
Filho, você não come nada...
E logo se contradiz:
Para de comer, que eu estou botando o jantar!

E aí ela lamenta:
Ai, que eu não vejo a hora desse menino crescer!
Mas logo se arrepende:
Deixa que eu faço, você ainda é uma criança...

E quando ela manda:
Tira essa roupa quente, menina!
E logo em seguida:
Veste o casaco, quer pegar um resfriado?

Esse menino dorme demais...
Esse menino não descansa...

Essa menino vive na rua!...
Filho, sai um pouquinho, vai pegar um sol...

Pois é, gente, que pessoa é essa que jura que nunca mais...
E no momento seguinte promete que vai ser pra sempre?

Essa pessoa é assim mesmo:
Igual e diferente de tudo o que a gente já viu.
É a fortaleza que aguenta o tranco, só pra não ver o filho chorar.
É o sorriso de orgulho escondido, só pra não se revelar.

Mãe dá uma canseira na gente.
E às vezes tira do sério...

Até que um dia a gente se depara com uma ausência insuportável:
É a mãe que vai embora, deixando um vazio enorme, escuro, silencioso.
E aí descobre que, mesmo errando, ela sabia de tudo, desde o início.
E fez de tudo pra acertar.
Porque criar filho não tem regra - é doação e amor simplesmente

Então, se você tiver privilégio de abraçar sua mãe nesse segundo domingo de maio, agradeça, porque o presente é seu. E esteja certo:
Mesmo sem manual de instrução, ela continua aí, atrapalhada, contraditória...
Mas com o olhar atento, querendo entender como você funciona.
E fazendo de tudo pra você não falhar.”


Que vontade de te abraçar. Que vontade de estar aí ao seu lado.
Te amo.
Zilhões de beijos. Do seu Bosta / Meleca…

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aqui na Terra tão jogando futebol




Eita saudade! Estava ouvindo essa música do monstro do Chico Buarque, feita para a época da ditadura mas que também reflete direitinho esse momento na Europa, para aqueles que querem saber como vão as coisas…

“Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão”

E essa música me fez pensar nas pessoas que “deixei” no meu cafofo, no meu país, no meu lar, na minha “goma”.
Mas, graças a Deus, tenho que admitir que mesmo morrendo de saudades do “meu povo”, aqui conheci pessoas maravilhosas. E é claro que quando vamos pra longe a primeira imagem que vem na cabeça é a da mesma pessoa que te cria nos primeiros anos de vida e na maioria das vezes está ao seu lado, e que saudade do carinho, da comida e das broncas da minha mãe. Mas espero que ela não leia isso (se ler não chore mãe!), mas andei reparando recentemente e tenho uma pessoa em especial ao meu lado que me faz admirar, respeitar e muitas vezes seguir por cada aspecto, detalhe e a forma como enxerga a vida. Bom, começando pela altura, não sei o porquê, mas costuma se dizer que pessoas pequenas são as de gênio mais difíceis, abstrusas, depois pela forma como te tratam, dando conselhos, brigando por uma postura de maior imposição da minha parte, ou seja, é daquelas que ficam realmente incomodadas com o fato de algumas pessoas levarem vantagem sobre as outras (sobre mim, neste caso), justo como uma mãe. Além disso, confesso que até hoje não precisei nem cozinhar muitas vezes, pois assim como mãe, parece que ela sente prazer em cozinhar e ver que as pessoas curtem a boa mão dela. Esse instinto protetor me fez lembrar até da primeira vez em que a conheci, num posto de gasolina na Eusébio Matoso com a Cardeal Arcoverde, tinha acabado de sair do Carioca Clube com uma outra encantadora menina (amiga dela) … não vem ao caso!
Pri, obrigado por me acolher e parabéns por lutar! Admiro a forma como você peita (encara) o mundo… ... obrigado!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Você já se apaixonou hoje?




Será que cada um tem a sua fórmula para apaixonar-se por alguém? Estou com essa dúvida, pois a cada dia que passa vejo que me apaixono por uma coisa diferente na vida, por um aspecto diferente em um velho(a) conhecido(a). Esses dias tava reparando a compatibilidade musical dos membros da Cannon House (nosso edifício aqui em Dublin). Outro dia estava simplesmente batendo um papo com uma amiga e ela começou a falar de seus sonhos, esperanças e objetivos, e acho que por um momento ela não percebeu o quanto se empolgou e foi detalhando cada vez mais e mais suas metas… Foi quando senti uma sensação gostosa, “amolecedora”, diferente que me fez ficar ali admirando, pensando comigo mesmo: “Que pessoa maravilhosa é esta”. E como minha cabeça adora um bordão, logo veio a pergunta: “Porque será que agente atravessa o oceano atlântico e para encontrar e/ou se maravilhar ainda mais com uma pessoa que esteve o tempo todo logo ali perto da sua casa?”

Passado esse momento de admiração, comecei a matutar aqui quais eram as qualidades que me agradam nas pessoas, aquilo que realmente me deixa surpreendido, aqueles sonhos, ideais e princípios que são semelhantes aos meus. Tipo, essa pessoa e seus sonhos eram cheios de pensamentos altruístas e o mais encantador de tudo era que todas as frases começavam com “eu quero”, mas quase sempre terminavam com “pra ele”.

Acho que se eu me esforçar consigo fazer essa minha tal fórmula. Sabe, que nem as receitas que as bruxinhas tinham para fazer suas poções e feitiços (isso inclusive me fez lembrar aquelas séries que passavam na cultura, o Teatro dos Contos de Fadas. Mas na minha poção eu começaria colocando:
- Uma colher de sopa de beijo gostoso (putz como beijo é bom não? E beijo gostoso vicia).
- Meia xícara de mulher perfumada (tem mulher perfumada que me tira do sério, em época de “cachorro magro” até quando elas saem do banho me atiça).
- Uma pitada de não egoísmo (porque é tão bom quando encontramos alguém que também pensa na gente, não?).
- Um tablete de paciência em ensinar (pois não basta ensinar, tem que ter paciência).
- Uma xícara inteira de mulheres com conteúdo (acho que se um dia uma mulher estiver assistindo um jogo comigo – do timão de preferência – e soltar um “Putz, ninguém na sobra dessa zaga?”, ou “Nossa que saudade do Gamarra”, ou um “Vai pra cima seu FDP, é jogo do Timão kct” acho que eu peço em casamento!)
- ¾ de pensamentos ambiciosos e sonhadores (tem que querer mais, tem que tirar o carro do estacionamento – pelo menos querer).
- 5 colheres de sopa de sentimentalismo (“peraí, sou macho mas isso aí que vc disse machuca!” pêra lá… é via de duas mãos e homem também precisa ser ouvido!).
- E uma pitada de carência (certas vezes me perco nos ingredientes, mas acho que é isso… mulher que beija gostoso, perfumada, que pensa por dois, que tem paciência com os mais burrinhos, que curte futebol, que quer viver a vida, que sonha sempre e que ainda faz uma manha por um carinho meu… um… olha só de pensar deu água na boca!).

Isso me faz lembrar a última vez que me apaixonei, quer dizer, eu me surpreendo e me apaixono fácil, mas digo da última vez que foi de forma mais intensa, profunda. Fico lembrando as impressões que me levaram a gostar do jeito dela, a audácia, coragem, a “displicência” na forma como tratava tudo como mais um momento já vivido, a forma que me fazia parecer inexperiente em tudo, enfim, parecia ser oposto de mim com uma mistura de tudo aquilo que eu queria ser (naquela época), sabe? Quando crescer quero ser que nem você?

E agora o mais engraçado – engraçado, pois eu fico me imaginando aqui o Hitler, ou até mesmo meu avô se remoendo em seus caixões se ouvissem isso – mas você já se apaixonou por um amigo teu? Tipo, eu sou hétero (pra caralho por sinal, não troco mulher nessa vida por nada, e nada contra os caras que não curtem, cada um na sua desde que faça por você e não pela sociedade, não pelos outros), mas esses dias aqui na minha saudade do Brasil, lembrei de meus amigos e fiquei meio que nomeando as qualidades de cada um. E descobri que sou sortudo pra kct em relação a isso, conhecer gente que vale ouro. Tô falando daquelas pessoas que não são do seu sangue mais parecem ser, sabe? Tipo, chamam sua mãe de tia, mas não são seus primos, almoçam na sua casa mas não moram lá, abrem sua geladeira e ao invés de perguntarem se pode, perguntam se você quer alguma coisa!
PQP, que saudade do Brasil (rimou!). E o primeiro que veio na cabeça foi o Calvo (caso algum de vocês leiam não fiquem com ciúmes), parece que eu o conheço esse “féla” desde a minha infância, como se fosse há uns 20 anos atrás, mas não, conheci ele fazem 5 ou 6 anos atrás. Ele é meio louco da cabeça, tem sérios problemas, mas é daquele que perde o emprego, mas não perde o amigo, sabe? Exemplo disso é que em 2009 eu fiz duas cirurgias, a da “hemo” e do joelho, e ele me ligou e a conversa foi mais ou menos assim (os palavrões são pura espressões da verdade – já pedi pra ele maneirar mas adivinha, ele mandou eu me foder!):

Ele dizia: - O negrinho do caralho, me diz aí que dia você sai do hospital aí que eu vou te buscar?

Eu dizia: - Quinta-feira, Sexta-feira, meio-dia ou 15h00, porquê?

Ele respondia: - Ih caralho, Ôh manôô, vê direito essa porra porque eu vou te buscar nessa merda!

Eu: - Não precisa meu, você trabalha e eu sei que é complicado e tal. Depois vai ser mandado embora e depois eu sou o culpado.

Ele: - Ah, vai se foder, eu que mando naquela porra (risos)!

Eu: - Mano, deixa de ser cabeção, você já faltou semana passada por causa da diarréia, não fica abusando assim veio, depois perde o emprego e fica chorando.

Ele: - Ôh féla da p***, minha mãe é beiçuda e negrinha agora? Chorando sua bunda! Quem vai te buscar?

Eu: - Ninguém mano, mas não precisa, eu dou um jeito.

Ele: - Vai se foder, negrinho. Ôh-ne-gri-nho-du-ca-ra-lho, faz o que eu to mandando, me liga quando você receber alta.

E foi assim nossa conversa. Nas duas vezes, nas duas cirurgias! Tá certo que ele riu o caminho inteiro com a minha cara quando eu saí do hospital na “primeira cirurgia”, mas foi até bom para rir um pouco!

Na Body Systems, meu antigo emprego, eu aprendi muita coisa (também mais de 8 anos). E uma das filosofias que eu curtia bastante, antes da faculdade, era a dos sujeitos P.T.O. (Pau pra Toda Obra), e é isso que se resume a maioria das minhas amizades, são todas pro que der e vier. Posso contar com muita gente nos momentos difíceis, e tenho a sensação de que difícilmente me decepcionaria. Eu sou contra o bordão da copa do mundo de 2002, interpretada pelo Zeca Pagodinho (nada contra ele) e multiplicada pela Globo (tudo contra ela), “deixa a vida me levar”, mas tem um trecho que cabe aqui, nesse aspecto que estou comentando, que é:
“Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu”.

Boa noite!

terça-feira, 6 de abril de 2010

E o mar está para peixe!




E o mar está para peixe!
Acho que este pensamento me domina desde que cheguei aqui em Dublin, logo que senti o frio europeu na saída do aeroporto. Precisei me bloquear do frio e foi com a motivação de que aquilo era pouco, aquilo não chegava nem a ser barreira.
E é mesmo, acho que isso é uma coisa que devo alertar: Não existe frio no Brasil, isso aqui não se compara com as nossas “brisas”. Se bem que nunca fui para a região sul do país, como Porto Alegre e região…
Bom, como nunca fui dos mais otimistas do planeta, confesso que por essas bandas o positivismo me dominou. Sinto-me diferente, positivo, com fé, crente nas coisas que me rodeiam. Aliás, ontem chegou o meu cartão do banco e agora posso falar para o mundo inteiro que EU TENHO CONTA NO EXTERIOR! Sou chique no úrtimo mesmo.
Mas a notícia feliz do momento não é essa, até porque apesar da conta no exterior não tenho a mínima pretensão de me tornar rico nesta viagem, se chegar a conseguir “um qualquer” confesso que será por pura coincidência do acaso. A notícia boa é que todo esforço tem sua recompensa, ele tarda algumas vezes, mas dificilmente falha, e como prova essa semana recebi um convite de meu ilustre professor e orientador, agora também mestre em educação, Mario Nunes para reescrever minha monografia para uma provável publicação em livro sobre os trabalhos orientados pelo mesmo. A chance de ter meu trabalho publicado em livro é coisa não sonhada anteriormente nestes 26 anos de minha existência, e que me alegra muito por saber que meu maior empenho em época universitária rende frutos dois anos após sua “concretização”.
E isso que vou lhes dizer eu não sabia, devo a descoberta à minha mais nova parceira intelectual (exceto pelo fato de não gostar de cebola) Van, que me disse que existe uma frase popular que diz que “na vida uma pessoa precisa alcançar três coisas para encontrar o caminho da realização na vida: (1) Plantar uma árvore; (2) Escrever um livro e (3) Ter filhos”.
E embora exista a possibilidade de meu texto não ser aprovado ou no mínimo ser todo recortado e todo editado, tenho a chance de sair como colaborador de uma obra literária, o que por direito já me concluí a tarefa de número 2. Restariam então ter filhos e plantar uma árvore, pois o pé de feijão plantado nas aulas de ciências sociais (nossa como eu sou velho) no primário não vale.
Bom, como o mar está para peixe, tenho que falar que a angústia da procura por emprego aqui em nosso prédio está dia-a-dia mais branda, primeiro foi nossa “neguinha” Nicolle recrutada para cuidar dos pentelhos alheios, depois nosso brother Macarrão, convocado para ajudar a organizar a balada irlandesa com os menores preços de biritas na terra do Bono e agora a adorável (sou puxa saco mesmo) Camis, que após um grande lance de criatividade brasileira (os cartões) foi indicada para um Au Pair após completar um bom serviço. Hoje fiquei muito feliz com a mensagem do Basa e do Tom, sobre o emprego na 3M, mas que infelizmente era o dia internacional do idiota do escritório, conhecido também como 1° de Abril, dia da mentira.
Mas nem tudo é a favor da onda, temos alguns poucos imprevistos mas que não chegam a desanimar, na verdade são testes para vermos o quanto estamos preparados ou agüentamos. Essa semana tivemos o término do horário de inverno e agora estamos exatamente 4h00 à frente do horário brasileiro, e não mais três, o que dificulta um pouco o contato com minha mãe, irmãos e amigos, só não com aqueles que ao invés de trabalhar ficam ligados o tempo inteiro nos MSNs, Skypes e Orkuts da vida!
Outro ponto negativo, mas que será facilmente solucionado é que no mesmo dia de minha doce e farta Páscoa – pois ganhei um Big Easter Egg from meu irmãozinho T.Basaglia - expirou o prazo de meu visto inicial, e agora ilegal posso estar sendo procurado neste exato momento pelo “Seu Garda”, mas ficarei nesta situação ilegal o mínimo possível, eu “agarantio”.
Mas voltando ao que eu estava falando, as coisas boas e positivas, o mar está pra fish e nesta última Sexta-feira, da Paixão, nosso almoço coletivo me fez lembrar tempos áureos de minha família e do poder que algumas tradições exerciam sobre os lares, nossas crenças (é bom relembrar o passado e as coisas boas que aconteceram nele). Deixamos os peixes recebidos pelo Grande Querubim descongelando na pia, compramos uns camarões, um salmão para cada um e wualá (Aliás, como não ser fã de uma alguém que se irrita MUITO com os meus demasiados atrasos mas que mesmo assim guarda com todo carinho uma fatia de salmão? Me digam como não se encantar com um coração assim?)! E aí da minha mãe se souber que eu comi todos os tipos de peixes da mesa sem mesmo pensar nos espinhos e quais eram os tipos!
E isso é mais um ponto diferencial ao falar da minha convivência na Europa, eu acho que em muitas famílias, pelo menos na minha, algumas tradições vêem deixando de ser costumeiras. Tá certo que os filhos crescem, criam seus laços mas mesmo assim eu acho que algumas tradições são muito importantes para união, compreensão e fortalecer os laços antigos e novos. Bom, não vou filosofar sobre isso, família mexe com sangue, espírito e escolhas talvez não bem entendidas por nós nesse plano, mas só sei dizer que fizemos aqui na Europa, nos divertimos e aproveitamos o momento com uma família que conhecemos a cerca de 1 ou 2 meses, então o porque não fazer com as nossas famílias de sangue, em nosso país de origem.
Boa noite!
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• Parceiro Intelectual são aquelas pessoas que conhecemos em que não se é preciso de muito tempo ou um longo papo para se perceber que em determinados assuntos vocês possuem exatamente o mesmo ideal de significado, o que os lhes traz prazer em discutir determinados assuntos, pois rápida e inesperadamente os dá maior afinidade sejam por concordâncias ou discordâncias harmônicas.

quarta-feira, 24 de março de 2010

2 semanas e Leprechaum!




Ah... o primeiro passeio.
Acho que agente passa tanto tempo no Brasil fazendo sempre os mesmos roteiros e as mesmas coisas que tenho a impressão de que a Europa faz com que a vontade de ser mochileiro e descobridor do mundo se aflore.
É muito simples por sinal, pegamos algumas anotações de lugares conhecidos, pegamos dois ônibus, fomos até o ponto final e lá nos perdemos e perguntamos, nos perdemos e perguntamos até nos acharmos perdidos em um maravilhoso lugar onde talvez agente não tivesse a intesão de chegar. Tá certo que no Brasil, e em São Paulo mais especificamente, se fizessemos o mesmo talvez nos perderíamos em alguns extremos como o Jd. Mitsutani (Z/S), em Taipas na (Z/N), em Cotia na (Z/O) ou em Cidade Tiradentes (Z/L).
Mas aqui fomos parar em terra maravilhosa, na pequena cidade de Wicklow, com muito verde, estradas pequenininhas embora asfaltadas, pontes, fazendas e uma deliciosa e friorenta cachoeira.
Acho que esse é o momento mais oportuno para falar da galera que conheci aqui. Talvez possa culpá-los por sentir pouco saudosismo de minha cidade natal, pois em vários momentos aqui o que eu me lembro mais são das pessoas que faziam parte da minha vida rotineira, e essa galera é bem “firmeza” também.
Acho que estamos no mesmo barco e aí não nos ajudamos simplesmente por simpatia ou por tempo de relacionamento, é pelo fato de se ferrar com as mesmas coisas, de termos vontades, objetivos e dificuldades semelhantes. Nesse momento fica até engraçado o jeito como conhecemos pessoas especial nessa vida, não? Nossa, como existem pessoas que “batem com os nossos santos” e podemos chamar de irmão ou irmã, parceiro ou de fio, “fióte” e outras coisas. Pois é, aqui já me sinto bem “a lá vonte” com a rapaziada.
Às vezes comentamos que isso parece um reality show (isso, isso... vocês entenderam o BBB), mas a diferença é que aqui é mais reality do que show, pois brigamos de verdade, somos “brothers” de verdade, contamos uns com os outros de verdade, as vezes dependemos do outro de verdade, nos divertimos juntos de verdade e vibramos pelas conquistas dos outros - principalmente quando um consegue emprego - de verdade.
E tem uma coisa, parece que toda vez que você disser que já passou de TUDO nessa vida, pode ter certeza que logo-logo a vida vai te trazer uma coisa nova por qual você conhecia, ou já havia ouvido falar mas que NUNCA tinha passado. E eu já tive amigo, irmão, primo de tudo “conté” jeito mas acho que nunca na vida alguém me pegou na balada (como se fosse pelo braço) e me mostrou exatamente como se faz a “parada”. E se isso for servir de brincadeira pois sou devagar, bonzinho e educadinho já aviso logo que não foi uma aula de como pegar mulher numa balada em Dublin, e sim como se divertir! Mas não vou entrar em detalhes pois vai que algum dia eu conheça um Irish e aí então nunca mais brasileiro anda pras bandas de cá. Ah, a pessoa a quem devo a honra, não só do fato de me ensinar mas que me deu uma puta aula de como ensinar uma pessoa acanhada a se soltar é meu parceiro Tom. Acho que mais um parceiro intelectual que ganhei em meu currículo (PS: parceiro intelectual não pela música sertaneja e sim pelo N’Sync, Lenny Kravitz, Jota Quest e outros por aí...).
Ah... O São Patrick, puta que o pariu! Eu saí do Carnaval de SP e vim curtir aqui essa festa maluca, sou muito sortudo mesmo, não?! Tudo bem que eu passei meu carnaval no maior perrengue, pois só tinha meus suados e contados Eurozinhos para vir pra cá, em Baile Atha Cliath. E tudo bem também que o St. Patrick’s é legal pacas, mas nem de longe chega no nível de produção e profissionalismo da Sapucaí, de Salvador, de Recife ou do Anhembi. Mas mesmo assim tem uma coisa que é muito importante se ressaltar, muita, muita, muita, muita, muita, muita e muita gente bebendo e eu me pergunto como é possível não ter visto nenhuma briga,? Muita gente se divertindo, uma grande sujeira, mas no dia seguinte tudo funcionando como se nada tivesse acontecido! Eu recomendo sim essa festa, aliás, recomendo a Europa e sua educação, sua baixa taxa de criminalidade. Hoje no ônibus vi um rapaz (caixa baixa – uma espécie de maloca, trombadinha daqui, mas que não rouba sabe? Já viu um desses?) que entrou no busão e deixou sua mochila no andar de baixo, num lugar específico (descobri nessa hora pra que servia aquilo) para colocar malas, a mochila tava cheio de coisas pelo volume mas eles subiu para o segundo andar do busão sem preocupação nenhuma e ninguém, eu disse NINGUÉM pegou a mochila do rapaz e desceu do ônibus, eu sou paulista minha gente... nunca que eu faço um negócio desses nem aqui nem na... na... na... na China.
Bom... é isso! É muito bom estudar por aqui! Quando entrei na faculdade para fazer minha carteirinha de estudante me deu uma grande vontade de ficar por aqui e fazer uma pós ou uma outra graduação de tão gostoso que deve ser estudar pra essas bandas, mas foi passageiro viu, pois quando fui no McDonalds e não entendia o que a balconista perguntava a sensação de ser burro aos 26 anos retornou! E cá pra nós... se você não consegue pedir um hambúrguer com queijo ou sem queijo, imagine só uma aula na faculdade?

sábado, 6 de março de 2010







Ah meu Deus.... cheguei em Dublin!
Nem acredito que já estou tão a vontade aqui... parece que estou fazem semanas e o que mais me preocupa são os problemas comuns da galera que está aqui!
Problemas de afinidade, problemas com a divisão de comida, problemas com a situação financeira individual de cada um... É exatamente nessas horas que eu vejo as grandes diferenças, e também dificuldades, que tenho devido minhas experiências sendo irmão caçula de 4 filhos, numa família de 6 pessoas. E digo que há dificuldades pois ser caçula, agora sim enxergo, tem seus mimos.
Bom, a viagem!
Puta que o Paris, se tivesse dinheiro abriria uma concorrente do aeroporto de Barajas-Madrid, como eles atendem mal! Tem o lado “mágico” da primeira viagem ao exterior, os sintomas de atravessar o oceano pela primeira vez e ainda após 14 horas de vôo, mas o aeroporto é lindo, imagino que deva ser um dos maiores do mundo. Chegamos 55 minutos antes do embarque para a saída da conexão para Dublin e acreditem, só conseguimos chegar em cima da hora no avião. Para se ter uma idéia do tamanho deste aeroporto, para chegar do outro lado tivemos que pegar um trem subterrâneo e descer “na primeira estação” {{{FOTO}}}... e para se ter a outra idéia, cada brasileiro dos 10 ou 12 que conhecemos chegaram de formas diferentes.
As pessoas! É muito bom conhecer gente nova que está em busca de sonhos e objetivos semelhantes aos teus... esses na foto são Anieli, de Porto Velho-RO e o casal Pri e Gui, de Piracicaba-SP, que conheci no avião e já dividimos a primeira aventura desta jornada na terra dos Lacucaracha.
Minha recepção foi animadora! As mosqueteiras e o Bel me esperando, van a disposição e fui levado até nosso endereço.
Foi exatamente no momento em que cheguei é que percebi realmente a quantidade de Brasileiros na Irlanda... pois neste prédio, de 5 andares, 5 quartos por andar, 9 camas em cada, haviam somente 5 ou 6 estrangeiros não-brasileiros no prédio todo.
Logo no primeiro dia fui recebendo as “regras de ouro” (metanóia em meu intercâmbio) para a sobrevivência em grupo. Dias de usar a máquina de lavar, meus dias de lavar o banheiro, passar aspirador no corredor, limpar o quarto e muitas e muitas outras!
No meu segundo dia... o primeiro pois não podemos contar o primeiro como um dia! Saímos para a escola onde eu iria me apresentar, solicitar informações e dar início à minha documentação estrangeira. Na volta pois... acordei atrasado e melei a aula da Camis e do Tomanick, que por sua vez me monstraram as lojas chaves para comprar roupas na Irlanda e a diferença entre a Diesel daqui e os preços absurdos resultantes dos impostos brasucas! É claro que me chamou muita a atenção um banner que avisava o preço do Xbox na loja por 129 euros... é melhor até não lembrar os 1.600 reais pagos em meu Xbox e também nos 700 reais da venda do mesmo em minha despedida brasileira (que por sinal o Bira e o André ainda não me pagaram).
O McDonalds... a não consegui evitar! O Mac aceita a carteirinha de estudante e pagamos, ao invés de 10 euros, 5 por um Big Mac!
Matei a curiosidade sobre a pergunta que não calava na minha cabeça (Será que é o mesmo sabor???)..... e a resposta é, tcha-nã-nã-nam... SIM. É o mesmo sabor! A ÚNICA diferença é o catchup que é um Heinz!
Bom, não poderia ficar de fora o ônibus e o sistema Irlandês... só de opções aqui que ouvi falar temos, o busão de dois andares, o bonde muito do chique, um trem para ir para outras cidades e o Dart que é um tipo de metrô... O mais incrível é que os busões não tem cobradores e basta fazer um “piiiii” depois que você passar o cartão que sua passagem está paga.... imagina se estamos pensando em alguma forma de burlar o “piiiii” já que passar por baixo é impossível quando não há catracas!
Bom... é muita coisa nova pra escrever e detalhar... deixo mais para os próximos posts.
Inté...

Um agradecimento especial para:
Minha mãe – Que me ensinou muitas regras de ouro desta vida!

Meu Pai e irmãos – Pela troca de experiência que me possibilitou esta aventura.

Camila – Por me motivar a vir para a Irlanda e ser minha grande tutora neste mundo novo!

My people - O povo da despedida:
André e a Meire
Bira e a Marcia
Calvo e a Carol
Cidi e Joelma
Dani e a Denise
Flavio e Simara
Jaques e a Ni
Jeh e o Joca
Jojow e Monica
Ju e a Deza
Nati, Pati e Juju
Nick e a Lis
Prado
Pri Puppim
Raphinha e a Tati
Teo e a Jacky
Tico e Tati
Tom e Amarela
O Ph
O Cezar
A Julia
A Lari
O Wyll

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

É engraçado como na vida algumas pessoas, coincidentementes como eu, vão acumulando alguns apelidos... Pois nas várias "quebradas" e nos cantos do mundo (no Brasil por enquanto), é só gritar que eu atendo por: Sandro, Sandrinho, Marco, Marcão, Xi Marquinho, Bad, Negão... e até de... faaala Boomerang!

E o pior.. é que depois de algum tempo agente aprende que quanto mais você falar "eu não curto que me chamem de %#$@!" mais as pessoas usam pra cutucar no teu ponto fraco!
O mais engraçados foram, com certeza, o Xi Marquinho devido ao comercial de TV e o Pop, apelidado por meu professor, orientador e ídolo Mario Nunes.
Até me veio a imagem do Cristiano, aluno novo, tinha se mudado para o D'Alkimin a pouco tempo e no primeiro dia de aula, no quebra-gelo tradicional a professora logo tasca: "Digam seu nome, uma coisa que você gosta e uma que não gosta"... O Cristiano, gordão, logo imenda na sua vez: "Sou o Cristiano, gosto de... XYZ e não gosto que me chamem de gordo"... Tipo, não gosta do que Gordão? rs

Ah... a NBA e o basquete americano é uma das modalidades que admiro, não só pelo talento dos jogadores mas também a organização de todo o campeonato e dos times. E li num post de um outro fã que apelido bom é o que flui normalmente, sem imposição.
Não adianta você, num surto do pensamento de "eu sou bacana" se apelidar, Michael Jordan não deve ter chegado e falado "me chamem de Air", assim como o Michael Jackson não deve ter dito "Eu sou o rei do Pop mesmo"...
Apelido bom, é aquele que cai na boca do povo, surge e se populariza...
"Ronaldo? Qual Ronaldo?... O Fenômeno!

Bom, pra fechar vou tentar lembrar dos apelidos que já recebi!
Marcão/Junior Tuche/Paulo Borges - No futebol
Sandrinho - Na Body Systems
Alê - Trabalhando com políticos (Comitê Ricardo Montouro)
Pop - Na facul
Xi/Xi Marquinho - No Oswaldo Aranha
Bad/Marquinho/Coquinho - No D'Alkimin
Negão - Galera do Capão
Top - Pela irmã top Naty
Meleca - Pela minha mãe
Cofoi - Pelo meu pai

Bom...
Você provavelmente já ganhou inclusive um apelido que curtiu e outro que definitivamente não te agradou! Não?

Beijooooosss

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pensamentos e Contos...

Bom, por pura reflexão ou simplesmente para matar a saudade!
Arrumando o "escritório"... logo logo começo a deixar fluir as idéias e acontecimentos!
Beijos e abraços!