quarta-feira, 14 de julho de 2010

Afinidade!





É engraçado o modo/jeito como conhecemos as pessoas em nossas vidas. O mais engraçado ainda é o jeito como nos apegamos ou nos encantamos pelas mesmas.
E se pararmos para pensar, tudo isso tem muito haver com o que estamos sentindo no momento, nosso estado de espírito. Tenho quase certeza de que programas como a fazenda, BBB, casa dos artistas e afins saíram de experiências como as da Cannon House!
Lá na Cannon house, minha primeira residência aqui na Irlanda, onde chamei de minha casa neste início de vida européia, foi assim. Por exemplo, as pessoas que chegam para um intercâmbio na Europa tem quase sempre mais ou menos os mesmos objetivos, aprimorar o inglês, viajar e conhecer cada vez mais lugares, conhecer “o mundo” (ou tirar do armário o monstrinho que habita em você), e até mesmo fazer dinheiro. Mas sempre há algo em comum, principalmente pelas bandas de cá, um exemplo claro disso é a posição onde todo o conforto (pai e mãe) estão à um oceano de distância, e que sua nova família (irmão, irmã, primo, prima, cunhado e cunhada) são simplesmente pessoas que se encontraram na fila do aeroporto, na agência de intercâmbio, na escola de inglês ou em um pub qualquer e que simplesmente falam sua língua nativa, ou que apenas se simpatizaram com o teu sorriso e a tua “vibe” (só para deixar claro que não gosto deste teremo).
A palavra certa deveria ser AFINIDADE, mas afinidade por aqui, devido ao toque que a distância oceânica trás, você encontrará em pessoas que:

- Querem (apenas) viver algo diferente de tudo que já viveram.

- Querem (pela primeira vez) sentir o que é andar com os próprios pés.

- Querem (apenas) economizar um “tutu”.

- Querem (somente) curtir a noite/balada.

- Querem (sempre) acreditar que as coisas estão por melhorar.

- Querem fazer (mais e mais) amigos.

- Querem (apenas) trocar experiências.

- Querem (pelo menos) encontrar um novo lugar para chamar de minha casa.

- Querem se divertir (a qualquer preço) na alegria e na tristeza, saúde e na doença.

- Querem (apenas) assistir um filme romântico, de mulherzinha.

- Querem apenas aprender inglês “as fast as they can”

- Querem fazer da viagem o mais agradável possível e que ao final o saldo de
experiências e amigos, seja inesquecível.

- Querem viver com dignidade e respeito, de modo intensamente, desenvolvendo mais e mais a própria independência.

- Querem apenas fazer isso tudo acima sem perder o foco de impulsionar a carreira profissional no Brasil.

E acho que eu possa estar viajando, mas tudo isso tem a ver com os valores que você compartilha idéias e coisas que você “compra” e defende. Não sei se é mesmo a distância, ou se por aqui nos damos chance de conhecer mais as pessoas (principalmente quando cai a internet!), mas posso afirmar que com certeza assim crescemos muito, com os defeitos e qualidades em comuns! Em um simples modo de lavar a louça, aspirar a casa e lavar um banheirinho!
O pior é que quando estamos acomodados, com os nossos “costumes” e hábitos já instalados, parece que fechamos o cerco e não damos espaço para que pessoas novas cheguem, nos conheçam e para que realmente vejamos se existe alguma AFINIDADE ou não!

PS.: Bye bye Cannon House, sentirei tua falta... Já sinto saudades de uma Suéca!

2 comentários:

  1. Concordo em tudo Samis.... é um amadurecimento muito grande o fato de conhecer pessoas totalmente diferentes da gente...

    De repente encontrar alguém que teve tudo desde que nasceu... de uma realidade oposta a sua..(pelo menos da minha né...kkk)...mas não só isso, pessoas com outras atitudes, outros pensamentos. Fazendo coisas que você jamais faria, e por outro lado fazendo coisas que você adoraria fazer. Alguns ficarão só de passagem pela nossa vida mesmo...Contudo, com outras pessoas o sentimento de amizade e admiração só cresce...Independente disso, com certeza com cada uma você aprende alguma coisa (sendo boa ou ruim...kk)...e isso é o que vale...

    Essa Big Aventura num lugar longe...com pessoas estranhas...no fim só faz a gente se conhecer melhor, ver que algumas coisas que eram tão importantes antes, hoje não são mais. Em compensação, outras insignificantes se tornam essenciais.

    Nesse Big Brother Cannon House...o que não faltaram foram desentendimentos, risadas, suécas, filmes de menininha, filmes de menininho..rss..almoços com todos reunidos...por breves momentos esquecemos que éramos apenas estranhos ...Sem dúvida, lembranças que eu guardarei para sempre, pois fez parte dessa minha aventura!!!.

    Bjs...Van

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  2. Ah, uma sueca... nem conheço, mas imagino o que deve ser sentir falta de uma. E é óbvio que vou direto pro clichêzaço!

    Tá escrevendo bem demais, cara, só poderia ser mais frequente! Abração!

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