sábado, 16 de outubro de 2010

Curiosidades sobre Dublin – Irlanda








Algumas coisas que a priori são engraçadas mas que “tu vai pegando o jeito merrrmão”!

- Aqui a mão é inglesa, ou seja, os volantes dos carros ficam do lado direito (e a pista também é invertida).
- É costume agradecer o motorista quando se desce do ônibus…. “THANK YOU”
- Aqui não existe metrô (subterrâneo), temos o Luas, uma espécie de bonde.
- Na maioria das pias existem duas torneiras, uma fria que dói e outra, geralmente, quente que dói!
- Nos banheiros, os interruptores ficam do lado de fora do cômodo. Se alguém quiser bancar o engraçadinho e deixá-lo tomando banho no escuro… Wahlá!

- As tomadas de parede são diferentes e um adaptador custa em média de 2 (lojinha Indiana) a 4 euros (grandes mercados).
- Ao fazer compras no supermercado você deve levar sua própria sacola pois as sacolinhas são vendidas no mesmo.
- Existe sempre um caixa, ou dois, no supermercado onde você passa suas compras no leitor automático e você mesmo paga (sem funcionário nenhum).
- Ah, Não há cobradores nos ônibus. No Luas (o bondinho) você também compra seu ticket num aparelho na estação e no pedágio na estrada também não há uma alma viva trabalhando nas cabines (isso me deu medo, parecia cena de filme onde os mocinhos precisam evacuar a cidade devido uma peste ou pela substituição da mão de obra humana pelas máquinas)… tudo automático, tudo eletrônico! Ah mas fiscalização tudo por câmera… e o tal do Luas como fica? Imaginem o metrô de SP sem catraca e com, de vez em quando, um fiscal pedindo tickets dos passageiros já dentro do bonde?
- Feijão só em lata. Há feijão doce para comer como sobremesa (Eca), e produtos brasileiros você encontra na lojinha brasileira (mas é importado benhê… um pacotinho de trakinas “caru” que só).

- Estudante aqui de verdade paga meia ou tem desconto no: Ônibus, Cinema e até no McDonalds.
- Os bairros de Dublin são divididos em números, sendo pares os do lado norte e ímpares do sul, cortados por um rio (Rio Liffey). Quanto menor o número (1 e 2 por exemplo), mais próximos do centro de Dublin.
- Os pubs e baladas fecham às 2 horas, mas também aqui a balada começa mais cedo. Fontes dizem de que rolam alguns after-party’s (nunca fui, ainda).
- No ônibus sempre tem gente falando alto no celular, ou escutando MP3 nas alturas ou alguém falando português, também somos a 3ª população maior do país, atrás apenas dos Irlandeses e os Maurícios.
- No ônibus não se aceitam cédulas, somente moedas e o troco é um recibo onde você deve procurar uma central para trocar seu troco/recibo por dinheiro de verdade.

- Em todos os faróis do centro você encontra um botão no poste que é para dar preferência para pedestres, quando o farol abre dispara um barulho de alerta para facilitar a vida dos deficientes visuais.
- Apesar de o sistema bancário irlandês perder de 10 a 0 para o brasileiro, pode esquecer, aqui não tem aquelas portas giratórias, aqueles guardas sentados atrás da escotilha… sinta-se como quem tá na Renner pagando “as prestação” ou num caixa do McDonalds.
- A alimentação deles é baseada em batata! Purê de batata, sanduíche de batata, bolacha de batata… todo dia!
- Nutella e red Bull são muito baratos. Em compensação carne é caro pra burro!
- Os parques realmente são programas para o final de semana, apesar de nunca ficarem vazios nos dias da semana, não importa o horário do dia.

- Eles têm o hábito de jogar o papel higiênico no vaso e não no cesto.
- Não há conta de água, em contrapartida há taxa de lixo. Luz se paga de dois em dois meses. E ah… se você botar o saco de lixo na rua sem o selo que se compra, o lixeiro não pega e deixa um aviso, pré-multa.
- A polícia não anda com arma de fogo a mostra (amigo… ZEU-RO-PA bichô… não é aquele faroeste da praça da Sé não).
- Existem 3 grandes operadoras de celulares, Vodafone (Eh Brasil, zil, zil, zil, zil), O2 e Meteor. Vodafone quando você carrega você fala de graça pra outro Vodafone (Brasil, zil, zil, zil, zil). Pra quem curte, a Vodafone patrocinava o Manchester United até esses dias e a O2 patrocinava aquele timaço do Arsenal com Henry, Bergkamp, Pires, Vieira e etc…
- O gaélico (ou Irish) é uma língua morta aqui em Dublin mas no interior muitas pessoas ainda falam essa língua.

- Beber na rua não pode. Fazer xixi também não (mas isso, segundo a lei, é igual no Brasil – pelo menos eu aprendi isso numa batida policial lá no Brooklin… o “policia” disse que era atentado ao pudor).
- Desempregados recebem um salário gordíssimo do governo, não pagam transporte e até faculdade pode sair de “grátis”. Se tiverem filhos recebem mais dinheiro ainda (aí é um ponto triste ver, meninas aparentemente com 15, 16 anos com 2, 3 filhos andando na rua) e já que o incentivo é dindin… você vai ver carrinhos de bebês com espaço para 3 pivetes!
- Olho azul aqui é igual água, não paga nada e todo (tem uma minoria bem mínima que não) tem.
- As casas aqui seguem um padrão estético de acordo com o bairro/rua. Quase sempre no mesmo formato com muro baixinho, garagem ou jardim antes da casa.
- Moedas de 1 e 2 cents são realmente utilizadas, ou seja, se a esfiha no Habib’s custar 0,49 cents (não existe Habib’s aqui, só pra deixar claro), eles te dão 0,01 cents de troco de verdade…

- Os caixas 24 horas ficam na rua mesmo, abertos 24 horas e não há perigo.
- As pessoas usam “SORRY” para pedir licença ao invés de “EXCUSE ME”.
- Fácil, fácil ouvir um “FOR FUCK SAKE”… como um “PELO AMOR DE DEUS” (estranho, né?)
- Ao invés de “THANK YOU VERY MUCH” você pode ouvir “THANKS A MILLION”.
- Ao invés de “THANK YOU MAN” você pode ouvir “CHEERS MAN”.
- Ao invés de “I’M FINE, I’M FINE” você pode ouvir “GRAND, I’M GRAND”.
- Ao invés dos manos falarem “Hey man, what’s up?” você pode ouvir um “Hey man, what’s the craic? / what’s the story?”.

E tem mais, muito mais... mas aí deixo com os especialistas!

That's all folks!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

E se você... / And if you...






E se você descobrir que você tá começando a entender as coisas somente agora? E se entender que tudo o que você viveu não passava de um “trial”, um teste, e agora sim você tem experiência para as coisas?

E se você perceber que você talvez não soubesse nada sobre a vida? Que você perdeu um bocado de grandes oportunidades pra ser feliz*, pra ser bem-sucedido e mais importante… você perdeu a oportunidade de fazer outras pessoas importantes para você saberem o que você acha sobre eles, e/ou quão importante eles são pra você? Mas e se for muito tarde para isso?

E se você perceber que o tempo todo as pessoas tentaram te ensinar como se expressar (particularmente tenho bastante dificuldade neste quesito) e/ou como dizer “eu te amo” para as outras pessoas, mas você apenas perceber isso, após seus 25 anos, depois de ter conhecido uma menininha de apenas 16 anos (a propósito chamada Lis) que não tem medo nenhum em dizê-lo (“eu te amo”) e quem me ensinou a não ter medo de dizer que eu amo as pessoas quando eu realmente sinto isso.

E se você descobrir que tem sido um babaca algumas vezes? Um fraco, um medroso, um covarde?

E se você perceber que seus amigos mais próximos estiveram longe por um tempo? E se você perceber que eles eram os que ainda mais te entendem? Mas e se você ao mesmo tempo perceber que a vida, algumas vezes, vai em caminhos diferentes e (novamente, algumas vezes) não há nada que possamos fazer para mudar isso?
E se você finalmente entender que isso tudo é só o começo? E se você perceber que tem mais pra vir? E se você aprender que a vida vai dar na sua cara, mais, mais e cada vez mais?


Bom… E se um dia você se pegar pensando em como a vida voou tão de pressa que provavelmente você não teve a chance de fazer todas as suas tarefas, suas metas e seus sonhos? Talvez você verá que você perdeu grandes amigos, grandes amores e até mesmos bons cargos/empregos, mas agora, mais do que antes, talvez eu estou acreditando que o que realmente importa é como você fez as suas coisas, o que de bom você plantou nas pessoas, o quão limpa está a tua consciência, não para ser lembrado ou algo do tipo mas apenas para causar naqueles que você gosta/ama uma coisa boa, uma boa sensação.

E se ao final de tudo, você descobrir que está mudado? Ou melhor, e se você perceber que você vem mudando a cada dia que passa?

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos” - Fernando Pessoa

*Fotos:
1 - The Giant's Causeway / Belfast
2 - Carrick-rope-a-bridge / Belfast (Eu e o Macarrão)
3 - Set de filmagem da Ardmore Studios (Decklan - my Irish friend from Bray, Rafa e eu).

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And if you discover that you’re starting to understand somethings now? And if you understand that all you lived by was only a trial, a test, and now yes you got experience for something?

And if you realise that you maybe knew nothing about life? That you lost a plenty of big opportunities to be happy, to be sucessful and more important… you’ve lost the opportunity to make other people important to you know what you think about them, and/or how importat they’re to you? But and if is too late for that?

And if you realise that all the time people tried to teach you how to express yourself and/or how to say “I love you” to other people but you just realise this, after 25 years old, after met a just 16 year old girl, called Lis by the way, who doesn’t have afraid to say that and who teach me that I musn’t be afraid to say that I love people when I really feel that.

And if you discover that you have been a asshole sometimes? Weak, fearful, a coward?

And if you realise that your closer friends were been away for a while? And if you realise that they were the friends who most still understand you? But if you at the same time realise that life sometimes goes in different ways and (again, sometimes) there is nothing we can do to change this?
And if you finally understand that this all is just the beginning? And if you realise there is more to come? And if you learn that life will hit you in the face more, more and each time more?

So… And if you one day catch yourself thinking in how your life flew so fast that probably you didn’t have the chance to make all your tasks, your goals and your dreams? Maybe you gonna see that you have lost great friends, great loves and even good jobs. But now, and more than before, maybe I’m believing that what really matters is how you made your things, what good you have planted in people, how clean is your conscience, not to be remembered or something like that but just to cause in the ones that you like/love a good thing, a good feeling.

And if in the end of all, you discover that you’ve changed? Ou better, if you realise that you’ve been changing every single day.

“There is a time where is necessary leave throw away the old clothes, that already have the form of our body, and forget our ways, who always lead us to the same places. Is the crossing time: and, if we don’t dare to make it, we will always have, the marge of ourselves” – Fernando Pessoa.

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PS.: Sorry for my mistakes, that one is my first post in English.
*Photos:
1 - Me in the Giant's Causeway (Belfast)
2 - Me and Renan in the Carrick-rope-a-bridge (Belfast)
3 - Decklan (my Irish friend from Bray), Rafa (Gaúcho) and me.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Afinidade!





É engraçado o modo/jeito como conhecemos as pessoas em nossas vidas. O mais engraçado ainda é o jeito como nos apegamos ou nos encantamos pelas mesmas.
E se pararmos para pensar, tudo isso tem muito haver com o que estamos sentindo no momento, nosso estado de espírito. Tenho quase certeza de que programas como a fazenda, BBB, casa dos artistas e afins saíram de experiências como as da Cannon House!
Lá na Cannon house, minha primeira residência aqui na Irlanda, onde chamei de minha casa neste início de vida européia, foi assim. Por exemplo, as pessoas que chegam para um intercâmbio na Europa tem quase sempre mais ou menos os mesmos objetivos, aprimorar o inglês, viajar e conhecer cada vez mais lugares, conhecer “o mundo” (ou tirar do armário o monstrinho que habita em você), e até mesmo fazer dinheiro. Mas sempre há algo em comum, principalmente pelas bandas de cá, um exemplo claro disso é a posição onde todo o conforto (pai e mãe) estão à um oceano de distância, e que sua nova família (irmão, irmã, primo, prima, cunhado e cunhada) são simplesmente pessoas que se encontraram na fila do aeroporto, na agência de intercâmbio, na escola de inglês ou em um pub qualquer e que simplesmente falam sua língua nativa, ou que apenas se simpatizaram com o teu sorriso e a tua “vibe” (só para deixar claro que não gosto deste teremo).
A palavra certa deveria ser AFINIDADE, mas afinidade por aqui, devido ao toque que a distância oceânica trás, você encontrará em pessoas que:

- Querem (apenas) viver algo diferente de tudo que já viveram.

- Querem (pela primeira vez) sentir o que é andar com os próprios pés.

- Querem (apenas) economizar um “tutu”.

- Querem (somente) curtir a noite/balada.

- Querem (sempre) acreditar que as coisas estão por melhorar.

- Querem fazer (mais e mais) amigos.

- Querem (apenas) trocar experiências.

- Querem (pelo menos) encontrar um novo lugar para chamar de minha casa.

- Querem se divertir (a qualquer preço) na alegria e na tristeza, saúde e na doença.

- Querem (apenas) assistir um filme romântico, de mulherzinha.

- Querem apenas aprender inglês “as fast as they can”

- Querem fazer da viagem o mais agradável possível e que ao final o saldo de
experiências e amigos, seja inesquecível.

- Querem viver com dignidade e respeito, de modo intensamente, desenvolvendo mais e mais a própria independência.

- Querem apenas fazer isso tudo acima sem perder o foco de impulsionar a carreira profissional no Brasil.

E acho que eu possa estar viajando, mas tudo isso tem a ver com os valores que você compartilha idéias e coisas que você “compra” e defende. Não sei se é mesmo a distância, ou se por aqui nos damos chance de conhecer mais as pessoas (principalmente quando cai a internet!), mas posso afirmar que com certeza assim crescemos muito, com os defeitos e qualidades em comuns! Em um simples modo de lavar a louça, aspirar a casa e lavar um banheirinho!
O pior é que quando estamos acomodados, com os nossos “costumes” e hábitos já instalados, parece que fechamos o cerco e não damos espaço para que pessoas novas cheguem, nos conheçam e para que realmente vejamos se existe alguma AFINIDADE ou não!

PS.: Bye bye Cannon House, sentirei tua falta... Já sinto saudades de uma Suéca!

sábado, 3 de julho de 2010

Tá faltando o que? O que é que falta?



Tá faltando o que? O que é que falta?
Será que morreremos nesse círculo vicioso? Parece que sempre estamos em busca de algo, ininterruptamente buscando algo que nos falta ou que nos deixaria em situação melhor do que a atual, e quando realmente conseguimos fazemos questão de arrumar outra “obsessão” para corrermos atrás. Dizem que isso é o tal do processo de evolução, sei lá, dizem que é bom para que você nunca se acomode, saia da sua zona de conforto. Mas peraê, zona de conforto e felicidade não são coisas semelhantes nesse caso? Não seria atrás delas que agente corre tanto atrás nessa vida? Acho que quando temos objetivos como comprar um carro, uma casa ou até mesmo casar-se, não é atrás de situações de conforto que estamos exatamente “investindo”?
Isso me fez lembrar duas músicas (digamos bordões) que me deixam muito putos, que são:

- “Eu só quero é ser feliz, morar tranquilamente na favela onde eu nasci, é!”

- “Deixa a vida me levar… …sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu”

É lógico que ambos são hits “nacionais” (globais), um é antigo e fez sucesso pelo saudosismo que trás aos que acompanharam o começo do funk carioca naquela fitinha K7 amarela chamada Rap Brasil, nos anos 90. O outro foi utilizado hollywoodicamente no ápice da seleção canarinho na conquista da copa de 2002, que injetou doses cavalares de Zeca Pagodinho pra amante de Kiss, Iron Maiden e Sistem of a Down nenhum botar defeito.

Mas voltando ao início do tópico (tá faltando o que? O que é que falta?), comecei a me perguntar quando alcançaremos a tal da “terra prometida”? Quando tocaremos no santo grau? Quando é que acharemos o tal do pote de ouro no final do arco-íris? Ou simplesmente, quando voltaremos pra casa numa sexta-feira após uma semana infernal e sentaremos no sofá pra tomar uma gelada com aquela sensação de dever cumprido? Será que esse dia chega para alguém? Será que esse dia vai chegar?

Embora eu saiba que falta muita coisa para se viver nesse meu planejamento de vida (aspiração vai…), confesso que esses questionamentos vieram, pois justamente hoje:

- Apesar de estar morando (longe da minha mãe e da minha família) na Europa…

- Apesar de estar melhorando (devagar-devagarinho) meu inglês na Europa...

- Apesar de ter começado a trabalhar (como garçom) na Europa…

- Apesar de ter alugado (com minhas amigas) uma casa na Europa...

- Apesar de ter comprado meu primeiro veículo (uma bicicleta) na Europa…

- E apesar disso tudo acima meio que certificar que não estou indo tão mal na busca de meus objetivos e da minha independência…

…Ainda me sinto como se faltasse algo, como se cada conquista dessa não fosse realmente uma conquista e sim apenas uma etapa delas, entende? (caberia um manja aqui) Como se fossem pedacinhos pequenos de conquistas e não ela propriamente dita.
Mas ainda não consegui formar uma opinião sobre isso, acho que falta algo, algo para que eu consiga fechar a idéia, mas não sei o que é, não sei o que falta…

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Chegamos aos 27, do primeiro tempo!


Este texto é uma adaptação das excelentes palavras feitas pela Karen, uma pessoa engraçada e divertida que apesar do pouco contato, acredito eu, inspira muita gente com os mesmos sonhos que eu. E diz exatamente o que estou sentindo hoje.

Parabéns! Parabéns!
“Hoje é meu aniversário... (Ebaaaaaaaaaaa!!!)
E apesar de ficar apavorado com o fato de ficar velho, eu amoooo todo dia 14 de Maio.

É engraçado pensar nessa coisa de "idade"...
Acho que devíamos calcular nossa idade de acordo com o que sentimos... como nos sentimos...

Já dizia o bom amigo Chaves...

"Existem jovens de oitenta e tantos anos...
...E também velhos de apenas vinte e seis...
...Porque velhice não significa nada...
...E a juventude volta sempre outra vez..."

"E você é tão jovem quanto sente...
...Pode apostar: é jovem pra valer...
... E velho é quem perde a pureza...
...E também é quem deixa de aprender!"

(http://www.youtube.com/watch?v=E6fk3xnTLak)

E é verdade...

Apesar dos problemas que eu tenho (como todo ser humano tenho dívidas, falta de grana, trabalho muuuito, ou a falta dele, etc.) eu procuro viver minha vida sempre sorrindo, sempre curtindo cada segundo de tudo o que faço!

E no meu ponto de vista, isso determina a idade que vc tem...
(Graças a Deus) ouço muita gente dizendo: "Nossa, achei que vc tivesse uns 22..."

AHHHHHHHHHHHHHH... claro que eu fico me sentindo... (rs)

Meus irmãos são todos mais sérios do que eu...
Apesar de todos herdarmos o "sarcasmo" de nosso pai...

Ou seja, as pessoas te dão "X anos" com base naquilo que vc demonstra!

E embora o fato de saber que não corro igual corria quando tinha meus 17 anos, e que minhas células estão envelhecendo a cada dia, perdendo uma quantidade significativa de colágeno e elastina todo dia (rs), eu devo confessar que me sinto melhor a cada ano, um pouco mais inteligente, sábio, vivido!

Me sinto menos idiota do que quando tinha 18 anos... me sinto inclusive menos fútil do que dois anos atrás... me sinto muito mais corajoso para realizar algumas coisas... me sinto mais seguro, mais confiante... (apesar de ser “bundão” pra muitas ainda) enfim...

A cada ano que se passa, eu me conheço melhor... e isso faz com que a gente seja mais feliz, porque descobrimos quem somos, o que queremos, e muito importante pra mim particularmente, o que não queremos...

Manja aquela desculpinha esfarrapada de que: "não estou ficando velha, estou mais experiente..." (rs) ?!?! Gente, é a pura verdade!
Hoje eu não me sinto uma velha, mas me sinto mais experiente!

Chego a me sentir tão seguro, que faço piadinhas comigo mesmo, tirando um barato da minha própria cara (rs), falando coisas do tipo: "Já sou tiozinho", "Não é que nas baladas só aparecem cada vez mais e mais “minaszinhas”, ou eu é que fiquei velho... rs"!

Mas o mais legal é a gente se avaliar na linha do tempo...
É engraçado pensar em quem eu era há alguns anos atrás, e em quem eu sou hoje!

Acredito que a essência da gente não muda, mas nossa concepção do mundo sim!
E isso é muito legal!

E para verificar se vc mudou, pegue um fato, alguma coisa que aconteceu com você em uma determinada época. E pergunte-se, o que vc faria se isso acontecesse hoje em dia?!

Claro que a experiência de ter agido de determinada forma vai te fazer enxergar as coisas por um outro prisma...

...mas ora...
...não é justamente isso que permite que tomemos as melhores decisões de ali em diante?!

E essa é a parte boa de ficar velho, ou como diz a desculpa esfarrapada: “mais experiente”! (rs)


Mesmo sem pensar muito no assunto, pude perceber que mudei algumas coisas em mim:

 Não digo que concordo com uma coisa sem na verdade concordar;
 Não fico perto de pessoas que não me fazem bem (não me agregam nada);
 Fiquei mais corajoso (passei a perceber que a vida passa rápido demais, e viver o que puder sem ter medo de arriscar é fundamental);
 Não compro mais brigas que sei que não vão dar em nada;
 Passei a amar mais e a dar mais valor as pessoas que realmente me amam e que estão sempre ao meu lado;
 Fiquei mais crítico (não aceito qualquer coisa que me falam);
 Busco saber mais sobre as coisas antes de formar minha opinião;
 Tomo cuidado com as coisas que falo para as pessoas (palavras as vezes machucam mais do que ações);
 Tô aprendendo a falar “não”;
 Descobri que minha casa é o melhor lugar do mundo;


Dentre um zilhão de outras coisas... eu poderia ficar horas citando tudo que eu aprendi...
Mas o mais legal... é pensar em tudo que ainda eu vou aprender...

Então, comemore cada aniversário...
Não tenha vergonha de falar a sua idade! Surpreenda as pessoas aparentando ter “menos anos” do que vc realmente tem!

Curta a vida porque a vida é curta!

Beijooooooooooooooooos!!

domingo, 9 de maio de 2010

Feliz Dia das Mães Dona Deja!


É… Dia das Mães.
Acho que é o meu primeiro dia das mães longe da minha amada mãe.
Infelizmente não posso dar um abraço mas acho que graças a esse fato estou dando importância máxima à esse gesto, à essa comemoração. Mãe, apesar da distância acho que não preciso dizer que estou aí no seu coração (bom, na verdade preciso dizer sim, sempre!).
Espero um dia poder retribuir todo o amor e entrega que você e meu pai já depositaram em mim, pelo menos acho que estou no caminho, tentando honrar isso.

By Leila

“Que mãe é essa?

Tem bicho mais estranho do que mãe?
Mãe é alma contraditória.
É alegria no choro.
É carinho na raiva.
É o sim no não.

Só mãe mesmo pra ser o oposto...
E depois o contrário de novo.

Vai ver que é porque filho não vem com manual de instrução, e pra conduzir as crias no mundo, ela usa só de intuição, pra tentar fazer tudo direito.

Mas como pode ser assim, tão incoerente?

Ela diz:
Filho, você não come nada...
E logo se contradiz:
Para de comer, que eu estou botando o jantar!

E aí ela lamenta:
Ai, que eu não vejo a hora desse menino crescer!
Mas logo se arrepende:
Deixa que eu faço, você ainda é uma criança...

E quando ela manda:
Tira essa roupa quente, menina!
E logo em seguida:
Veste o casaco, quer pegar um resfriado?

Esse menino dorme demais...
Esse menino não descansa...

Essa menino vive na rua!...
Filho, sai um pouquinho, vai pegar um sol...

Pois é, gente, que pessoa é essa que jura que nunca mais...
E no momento seguinte promete que vai ser pra sempre?

Essa pessoa é assim mesmo:
Igual e diferente de tudo o que a gente já viu.
É a fortaleza que aguenta o tranco, só pra não ver o filho chorar.
É o sorriso de orgulho escondido, só pra não se revelar.

Mãe dá uma canseira na gente.
E às vezes tira do sério...

Até que um dia a gente se depara com uma ausência insuportável:
É a mãe que vai embora, deixando um vazio enorme, escuro, silencioso.
E aí descobre que, mesmo errando, ela sabia de tudo, desde o início.
E fez de tudo pra acertar.
Porque criar filho não tem regra - é doação e amor simplesmente

Então, se você tiver privilégio de abraçar sua mãe nesse segundo domingo de maio, agradeça, porque o presente é seu. E esteja certo:
Mesmo sem manual de instrução, ela continua aí, atrapalhada, contraditória...
Mas com o olhar atento, querendo entender como você funciona.
E fazendo de tudo pra você não falhar.”


Que vontade de te abraçar. Que vontade de estar aí ao seu lado.
Te amo.
Zilhões de beijos. Do seu Bosta / Meleca…

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aqui na Terra tão jogando futebol




Eita saudade! Estava ouvindo essa música do monstro do Chico Buarque, feita para a época da ditadura mas que também reflete direitinho esse momento na Europa, para aqueles que querem saber como vão as coisas…

“Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão”

E essa música me fez pensar nas pessoas que “deixei” no meu cafofo, no meu país, no meu lar, na minha “goma”.
Mas, graças a Deus, tenho que admitir que mesmo morrendo de saudades do “meu povo”, aqui conheci pessoas maravilhosas. E é claro que quando vamos pra longe a primeira imagem que vem na cabeça é a da mesma pessoa que te cria nos primeiros anos de vida e na maioria das vezes está ao seu lado, e que saudade do carinho, da comida e das broncas da minha mãe. Mas espero que ela não leia isso (se ler não chore mãe!), mas andei reparando recentemente e tenho uma pessoa em especial ao meu lado que me faz admirar, respeitar e muitas vezes seguir por cada aspecto, detalhe e a forma como enxerga a vida. Bom, começando pela altura, não sei o porquê, mas costuma se dizer que pessoas pequenas são as de gênio mais difíceis, abstrusas, depois pela forma como te tratam, dando conselhos, brigando por uma postura de maior imposição da minha parte, ou seja, é daquelas que ficam realmente incomodadas com o fato de algumas pessoas levarem vantagem sobre as outras (sobre mim, neste caso), justo como uma mãe. Além disso, confesso que até hoje não precisei nem cozinhar muitas vezes, pois assim como mãe, parece que ela sente prazer em cozinhar e ver que as pessoas curtem a boa mão dela. Esse instinto protetor me fez lembrar até da primeira vez em que a conheci, num posto de gasolina na Eusébio Matoso com a Cardeal Arcoverde, tinha acabado de sair do Carioca Clube com uma outra encantadora menina (amiga dela) … não vem ao caso!
Pri, obrigado por me acolher e parabéns por lutar! Admiro a forma como você peita (encara) o mundo… ... obrigado!